Denúncias...(as minhas)

Todos os dias caminhamos lentamente para o alcance do nosso sonho...

...viver nas maravilhas ou no país delas não é a realidade de todos... mas poderá ser o sonho de qualquer um...

5 de fevereiro de 2010

Rapto, sequestro...do alfinete


...nem imaginamos como pode constar ao longo da história que um alfinete tenha sido raptado por um gigante dedal que servia em qualquer dedo... Pois...
O dedal tinha a sua exuberância toda...por mais mãos que obtivesse e por mais dedos que infiltrasse a sua função...o alfinete era o seu "calcanhar de Aquiles"...o alfinete pequenino e pontiagudo, mexia com todos aqueles míseros buraquinhos e fazia-lhe sonhar...fê-lo encarar a vida com outra forma, redonda e não quadrada, sensível e não maldosa, frágil e não cor-de-rosa...
Mas o alfinete não era uma personagem fácil e ponderava num futuro mais risonho embora amasse, embora sentisse, não podia deixar-se levar por isso...porque o dedal...não passava de um dedal...embora diferente de todos os outros...o dedal não queria tornar-se melhor... egocêntrico, arrogante, orgulhoso, teimoso...enraivecido...um dia libertou-se de tudo isso...tornou-se melhor...
Por umas horas...foi o dedal melhor da vida de todo e qualquer alfinete...
Marcou.
Nem sei.
Há quem diga que ambos ficaram diferentes depois dessa hora.
Há quem aposte que jamais se irão separar.
Há quem julgue que juntos não devem ficar.
O rapto.
O sequestro.
Era a única hipótese.
A única alternativa.
E assim foi...
O alfinete já residia em vestido de chita há anos...
O dedal permanecia atento...
Naquela tarde de chuva, naquele céu cinzento e cheio de lágrimas...o dedal não pediu licença...entrou e vagueou-se pela sala...e em pleno dia...(por mais escuro que fosse) reluziu um sorriso...e esse sorriso foi o suficiente para que o alfinete...partisse em busca de outra malha, de outro tecido, para se instalar... e o dedal...sem dedo algum pelo meio, pegou no alfinete...e xumba... seguiram...a estrada...o caminho juntos...incerto, perigoso, pobre... mas seguiram...porque o amor mata a fome, porque o amor seca as lágrimas, porque o amor faz-nos viver...

2 comentários:

  1. Depois de ler o teu post fiquei a pensar em como por vezes não sabemos viver. Queixamo-nos de probleminhas insignificantes. Fazemos tempestades em copos de água, escusadamente quando tudo o que bastaria seria seguir "...porque o amor mata a fome, porque o amor seca as lágrimas, porque o amor faz-nos viver..."

    Bom fim de semana

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  2. Olá Sofia
    O amor não é apenas um sentimento, mas antes uma faculdade....previlégio só de alguns...
    Parabéns pelo teu blog
    Beijo grande

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