Denúncias...(as minhas)

Todos os dias caminhamos lentamente para o alcance do nosso sonho...

...viver nas maravilhas ou no país delas não é a realidade de todos... mas poderá ser o sonho de qualquer um...

23 de janeiro de 2010

(De)mais...(De)menos

Quando pensamos, por vezes, não reflectimos na singularidade da pessoa que somos, não analisamos aquilo que é realmente nosso ou o que adoptamos e por isso caímos... De-mais... Por vezes, só queremos que os outros saibam que nós existimos, quem somos...que respiramos...
Construímos o ciclo da vida com base em aprendizagens e tradições que, por vezes, até são (de)menos embora o saber não ocupe lugar...a realidade é algo bem mais latente do que meras aprendizagens. A vida é uma escola. Essa sim...ensina-nos...somos bons ou maus alunos consoante o currículo que escolhemos ou que nos sugerem...
Certas vezes, impõem-nos metas inantingiveís aos nossos olhos, metas que não conseguiram alcançar nos seus currículos e que querem, a todo o custo, que consigamos superar...(de)mais...
E, sem a menor sombra de dúvidas, o ser humano é um ser (de)mais e (de)menos...o ser humano força barreiras, ultrapassa limites, enfrenta batalhas...merece glórias...o que porventura não é o que todos conseguem...ou o que todos enfrentam...Somos seres dos nossos seres, fruto de uma imagem dignificada de ser humano que vive no limiar das emoções e do sentir... somos (de)menos quando não nos orgulhamos de nós próprios, quando não possuímos ideologias nem personalidade, quando não sabemos esperar uns pelos outros, quando queremos passar por cima uns dos outros...quando magoamos, quando traímos, quando mentimos e falseamos a nossa própria alma...
Somos (de)mais quando nos prestamos ao sentir sem receber, ao dar sem estar à espera, quando respiramos por algo não é apenas oxigénio, quando valorizamos a noite com o seu luar e o dia com o seu radiante sol...quando nos nossos olhos existe a transparência da nossa alma, a raridade do nosso ser...
Somos aquilo que apresentamos...e porque apresentamos só o que nos convém apresentar?
Porque fazemos o que querem que nos façamos?
Porque nos julgam quando o seu espelho é tão (de)mais ou (de)menos que o nosso?
"Não me acho (de)mais, porque tudo o que é de mais sobra, tudo o que sobra é resto, tudo o que é resto é lixo… Por isso acho-me de menos, porque o que é (de)menos é raro, tudo o que é raro é pouco e tudo o que é pouco é valioso. Por isso acho-me de menos"...